Divergência de sobrenomes entre certidões no Brasil e Portugal - Problemas para parentesco?

Tenho uma dúvida específica sobre nomes de familiar português em Portugal comparado ao Brasil. Minha mãe é filha de dois portugueses, ambos nascidos e casados lá em Portugal. Posteriormente, vieram ao Brasil onde tiveram uma filha (Minha mãe; Atribuição 1C).
No baptismo em Portugal, o nome da mãe portuguesa só consta como: ‘BERTA’.
No casamento em Portugal, o nome da mãe consta como: ‘BERTA MARIA’
No nascimento no Brasil da requerente, o nome da mãe consta como: ‘BERTA AUGUSTA GONÇALVES’
Minha dúvida principal é: Pediram para eu realizar a fixação de apelidos, mas acho que não entenderam que o baptismo/nascimento, e o casamento são ambos de Portugal. O que eu entendo, é que houve um erro ao transcrever os dados do casamento português no Brasil.
Lembro que antigamente, havia uma lei onde era obrigatório a nubente feminina adotar os sobrenomes do marido no Brasil. Acho curioso, por que depois descobri que os sobrenomes incluídos no nome da mãe são da parte do pai português. O sobrenome “AUGUSTA” e “GONÇALVES”, são dos familiares do conjugue masculino. Ou seja, é como se utilizaram dos sobrenomes do marido erroneamente, para formar este novo nome da nubente no Brasil. Não entendo por que o Cartório fez isso, sendo que os outros nomes e dados estão corretos, mencionando inclusive que ambos são casados e nascidos em Portugal.
Se tinham os dados, por que fariam isso? Ainda mais que ambos já eram casados.
O segundo problema é que quando pedi ajuda para uma agência de advocacia, falaram que não preciso retificar as certidões, uma vez que a divergência é justificável e se trata de certidões portuguesas. Quando expliquei meu caso no Consulado, me informaram que seria difícil adquerir a nacionalidade, dado que o parentesco não fica claro com estas divergências. Por favor, Podem me ajudar?
Comentários
@thomasant , não precisa retificar nada.
Se quem declarou o nascimento de sua mãe foi o pai português, pode mandar apenas a certidão de nascimento dele no processo.
Se não foi ele, junte a certidão de casamento portuguesa.
Não terá problemas.
Em que ano sua mãe nasceu?
@Leticialele, Muito obrigado. Mas vocês já viram algo similar? Faz sentido?
É por que como eu mencionei, no Consulado e até com outro advogado que havia pedido ajuda, fui informado que uma retificação seria exigida. Mas, só uma agência de advocacia me informou que não seria preciso retificar.
Inclusive, teve um assistente do Consulado dizendo que não havia problema, enquanto outro superior disse que sim.
Respondendo: Ela nasceu em 1959 no estado de SP, o pai português foi o declarante.
O pai português nasceu antes de 1911, no ano de 1910. Tenho que pedir uma certidão narrativa ou em inteiro teor pelo CRAV? Pode ser digital, ou o envio tem que ser físico, em papel via correio?
Só outra pergunta, já viram alguém dizer que uma retificação trouxe problemas, exigência ou indeferimento?
@thomasant , se o pai foi o declarante, mande apenas o assento de batismo dele.
Não retifique nada
Tem que pedir a certidão ao CRAV, integral, analógica (em papel e selo em relevo) enviada pelos Correios.
Leva uns 20 dias e custa em torno de 24 euros, com o envio.
Junte a certidão, a certidão de sua mãe, por cópia reprográfica apostilada e cópia autenticada e apostilada do RG ou passaporte ao Formulário 1C impresso colorido, frente e verso, com a assinatura reconhecida por autenticidade.
Se sua mãe trocou o nome após o casamento, made uma certidão de casamento inteiro teor. Não precisa apostilar.
@thomasant
Acho que outro problema é você estar lidando com um consulado.
Consulados são notórios por dificultarem, darem informações erradas ou desencontradas etc sobre processos de nacionalidade. Também leva mais tempo, pois, depois da parte do consulado, os pedidos entram em uma fila em Lisboa para "integração dos assentos". Só essa fila leva por volta de um ano.
Mandaria o pedido diretamente para a ACP (Arquivo Central do Porto) em Portugal. ACP é tradicionalmente o lugar mais consistente e rápido para tramitar processos 1C. Por volta de um ano hoje em dia para o processo todo.
Mas não caia na besteira de enviar para a CRCentrais em Lisboa, pois aí leva uns 3 anos.
@thomasant
Eu sei que é difícil quando você escuta uma coisa aqui outra ali, e a coisa não se alinha.
Mas o que a @Leticialele lhe disse está certo. Não faça nenhuma retificação preventivamente.
Entendo que BERTA AUGUSTA GONÇALVES é o nome de casada, e como ela disse, uma certidão de casamento inteiro teor, certificada com o selo do TJ, val resolver isso.
Se houver necessidade de retificação (o que acho improvável), deixe que o IRN diga exatamente o que precisa retificar, e só então faça.
@gandalf , @thomasant , os portugueses casaram em Portugal.
Eu entendo que não há necessidade de mandar documento da mãe ou do casamento.
@Leticialele
Você tem razão. Eu tinha entendido que o apelido AUGUSTA GONÇALVES era da requerente. Mas é também da mãe dela.
Se esse apelido veio pelo casamento dela em PT (tipicamente do marido), não seria problema. A Berta tem o direito adotar um novo apelido ao se casar. Ainda que na certidão de casamento não conste o novo apelido, isso seria aceitável.
Também acho que não acho que cabe retificação. Se tem a justificativa para a mudança do apelido, não precisaria retificar. Eles vão olhar e ver que ela passou a usar o apelido do marido, por exemplo. Mas se o apelido foi escolhido ao acaso, teria que descobrir de onde veio esse apelido. Caso seja questionado, não dá tempo de ficar sem saber o que fazer em seguida, como justificar.
Eu não retificaria, mas teria a resposta pronta pra ser dada se for perguntado. E mandaria com confiança.
Precisaria ver os outros nomes de ambas as famílias na certidão de casamento da Berta. Tem que ter um August(o/a) Gonçalves em algum lugar no nome do marido, ou dos pais dela.